As Leis Universais
Numa indescritível profusão de luzes, cores e sons, esplende infinito e majestoso o império sideral dos universos divinos. Movem-se vertiginosamente pelos espaços sem fim, incontáveis multidões de nebulosas e galáxias, carregando consigo inumeráveis aglomerados de milhares de milhões de estrelas, anãs ou gigantes, novas ou pulsantes, brancas, amarelas, azuis e vermelhas, com seus planetas e satélites, cometas e meteoros, numa sinfonia de belezas que ultrapassa todos os nossos poderes de imaginação.
E tudo se movimenta, se agita, em velocidades inimagináveis, harmoniosas ou turbilhonantes, em voragens e explosões, em transformações e renascimentos, num frenesi inestancável em que tudo se equilibra sob o comando invisível da ordem suprema que a tudo preside: o Espírito de Deus.
Vivemos em um pequeno planeta, como um grão de areia numa praia cósmica. Quando pensamos em Leis Universais, não podemos perder de vista que a nossa visão sobre a realidade ainda é estreita, tendo em vista as nossas limitações de entendimento.
Mas dois grandes aspectos nos são muito importantes. O primeiro tem a ver com o avanço do conhecimento, especialmente a Física, a mãe das ciências. Mecânica Quântica, Teoria da Relatividade, Astronomia, Astrofísica e Cosmologia nos brindaram desde o 14 de dezembro de 1900, com avanços extraordinários na compreensão de como o Universo funciona, como ele é. E observando a realidade e a imensidão, deduzindo as suas leis. Na atualidade, buracos negros, horizonte dos eventos, matéria e energia escura, pulsares e quasares, abrindo as perspectivas infinitas do Multiverso.
Quando pensamos em Leis Universais, também devemos abranger as Leis da Natureza que regem toda a realidade, a vida no planeta em que vivemos, envolvendo a Biologia, a Química, a Genética e outras.
Mas foi a partir do 18 de abril de 1857 que nós avançamos nas questões espirituais que envolvem a vida humana, a vida dos Espíritos, tanto quanto aos que vivem na Terra, como em outros mundos, dentro daquilo que nós já deveríamos saber e compreender. “O Livro dos Espíritos”, pelo codificador Allan Kardec, é a obra que nos legou, em vários de seus capítulos, sobre as Leis Morais, universais, quanto às mais relevantes questões que a Humanidade deve conhecer para adiantar-se no seu processo evolutivo inexorável.
Nesta obra, a mais importante do Espiritismo, na sua parte terceira, podemos estudar as Leis Morais naquilo que os espíritos superiores entenderam como essenciais para o nosso crescimento. No primeiro capítulo desta parte, a pergunta 614 – “O que se deve entender por lei natural?”, a sua resposta a vincula a Deus, e sendo assim, revela o seu caráter universal: “A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”
Nos capítulos seguintes, podemos estudar a divisão da lei natural em dez partes, como aconteceu no decálogo, nas tábuas da lei, primeira Grande Revelação por Moisés.
As leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade, são as leis universais relacionadas aos nossos interesses evolutivos, em parâmetros de vida eterna.
Leis de um modo geral devem ser conhecidas e respeitadas pelas pessoas, pela sociedade, por um mundo inteiro, incluindo os desencarnados, especialmente quando são as leis reveladas por Espíritos Superiores que nos querem ver felizes e adiantados moralmente.
Nesta obra monumental, de Allan Kardec e dos Espíritos, vamos compreender, no estudo da lei natural, os desígnios de Deus. Sobre isso vale lembrar que as três Grandes Revelações tiveram e têm objetivos semelhantes e nos foram entregues em três momentos diferentes da história da Humanidade. Por outro lado, as leis universais relacionadas à Ciência Humana de um modo geral foram sendo descritas pelas mentes brilhantes que nos deixaram um legado maravilhoso, objetivando o progresso de todos, como as vacinas, os métodos de imagem para diagnóstico em Medicina, o descortinar dos mundos divinos entre estrelas e galáxias, a nanotecnologia, a Estação Espacial Internacional, os telescópios Hubble e James Webb. E muito, muito mais ainda está por vir.
Sejamos felizes, evoluindo em Ciência Universal e Amor!